terça-feira, 23 de novembro de 2010

Trollagem sobre trolls



Encomendei o game Gran Turismo 5 por meio de um site gringo (ShopTo - que eu ainda não recomendo, estou esperando chegar aqui para comentar algo) e estou em uma ansiedade tremenda para jogá-lo. Por tudo isso, estou pesquisando informações sobre o título em fóruns (no caso, UOL Jogos e Outerspace) e reparei em uma coisa: o mundo é dominado pelos trolls.

Como bom fã do Guns N' Roses atual (quem me conhece sabe o quanto eu gosto do Chinese Democracy), sei bem o que é isso. Também chamado de haters, são pessoas que dedicam o seu precioso tempo apenas a falar mal de alguma coisa. Seja o Axl, seja um guitarrista da banda nova, seja do GT5. No caso do GNR, os locais preferidos são fóruns, redes sociais (antigamente o Orkut, hoje o Facebook) e YouTube.

É difícil para mim conceber como pode alguém se divertir procurando confronto com pessoas de opiniões diferentes. O princípio é sempre o mesmo: provocar o "oponente" e depois simplesmente ignorar argumentos contrários. É como um comportamento psicótico de quem só tem prazer ao irritar os outros. Por isso são chamados de trolls - ou seja, os ogros que só vivem para causar o terror nas vilas medievais.

O Tiago Leifert (aquele mesmo, do Globo Esporte) disse uma vez que a melhor coisa é ignorá-los. Eu não concordo - acho que deveriam ser exterminados. Sim, fazer uma desratização da internet. Como? Adotando sistemas de votações que pudessem banir os usuários mais delatados como trolls. Sim, eu sei que não dá para fazer isso sempre, mas uma política mais rigorosa contra a má conduta na web poderia ao menos ajudar a previnir mais casos.

Em tempo: trolls sabem bem que nada é perfeito, nada vai agradar a todos. Por isso mesmo não adianta utilizar argumentos; eles simplesmente não querem dar atenção e não acreditam em fatos ou senso comum. Não tão chocante, isso lembra muito os psicopatas e nada melhor do que a internet para dar vazão aos instintos raivosos.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Internet Banking: melhor do que um DeLorean?


Estava eu tentando resolver assuntos bancários pela internet quando me deparei com uma constatação: estamos em 1996. Sim, é a única explicação que eu tenho para entender como as instituições financeiras brasileiras insistem em soluções tão pouco práticas e canhestras.

Utilizar o internet banking do Bradesco, por exemplo, é quase como entrar em uma DeLorean e atingir as 88 mp/h. Se o acesso de uma conta para pessoa física é passável, o de empresas (pessoa jurídica, ou apenas PJ) é basicamente BURRO.

Você odeia o Bill Gates e possui um Macintosh ou algo rodando Linux em casa? Melhor se mudar para uma casa próxima a uma agência do Bradesco, pois será a única forma de movimentar alguma coisa em sua conta corrente. O banco nos agracia com a obrigatoriedade de utilizar alguma versão do Windows. Não só: jogue fora seu Firefox e Chrome, pois o único navegador aceito é o Internet Explorer. E se você ousou baixar a beta do IE9, só roda em modo de compatibilidade e olhe lá.

Mesmo que você consiga entrar na sua conta, os problemas não acabaram. A interface é bem século 20, com menus agrupados de forma pouco inteligente (fazer transferências com uma conta PJ é a coisa mais natural do mundo, mas é preciso ao menos 5 clickes para chegar na opção) e o melhor: pop-ups às pampas. A cada operação nova, o Internet Explorer se reproduz. Levaram a sério aquele ditado auto-ajuda sobre quando uma porta se fecha, uma janela se abre...

É estranho que uma empresa que investe em aplicativos para iPhone (uma parcela bem pequena da população brasileira) não se preste a colocar suporte para outras plataformas que não sejam da Microsoft. Isso sem falar no arquivo de segurança que, junto com o tolken, podem simplesmente ser utilizados em qualquer computador não-cadastrado. Não creio que seja muito seguro liberar o acesso dessa forma, ainda mais quando não é preciso sequer colocar agência e número da conta.

Tá ruim, mas tá bom

O Banco Real também merece ser lembrado. É preciso tantas senhas que qualquer ser humano vai acabar anotando isso em algum lugar. E aí toda a segurança vai por água abaixo... Mas não espere que seja possível abrir uma conta e sair utilizando o internet banking - é preciso muita punhetagem com atendentes de call center. Pior é que nem sempre possuem treinamento suficiente para auxiliá-lo caso haja alguma dúvida mais complexa. Experimente trocar de computador em casa e pergunte a eles se há algum problema. A cada ligação, uma resposta diferente.

Dos testados, até o momento, o Banco do Brasil foi o mais simpático. Ao menos como PF, já que o processo de abertura de uma conta PJ é mais complicado do que arranjar emprego para ex-presidiário.

Enfim, o BB traz uma interface amigável, com algumas soluções simples de segurança mas que são geralmente eficazes. Apenas a liberação de computadores via celulares é que peca (para quê ter que liberar duas vezes o mesmo computador quando se tem uma conta conjunta?), mas ao menos isso pode ser feito num caixa eletrônico.

Me disseram que o internet banking do Itaú é bom. Eu desconfio de bancos que vivem falando que são conectados e "do futuro" apenas por colocarem uma propaganda de realidade aumentada no miolo da Veja, mas....

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Jogue Sonic 4 e... tenha saudades do Mega Drive

Foto: Joystiq.com
Eu confesso: num primeiro momento, gostei do Sonic the Hedgehog 4. Baixei a demo na PSN e joguei uma partidinha (só tem o primeiro ato da primeira fase). Mas desliguei o videogame com uma sensação estranha... De que já tinha visto aquele filme antes.

Claro que já. A fase é uma variação pouco inspirada da clássica Green Hil Zone, do Sonic 1 para o Mega Drive. A diferença de ter gráficos em Full HD e criados com polígonos acaba deixando o jogo ainda mais esquisito - como a jogabilidade é muito parecida com o da era 16 bits, é fácil se estranhar com os movimentos robóticos do bonequinho azul.

Aliás, o design do Sonic atual está "radical" demais para o meu gosto. Muito "vamos agradar os pré-adolescentes que acham que ele é cool". Quando ele tinha um aspecto mais amigável (com cabeça e olhos maiores), trazia maior empatia. E a animação dos sprites era muito bem feita, dando personagem ao psicótico animal que sofre de ansiedade e precisa ir aos lugares correndo.

Não é o caso agora. Quando ele começa a correr, parece que ele está andando por um tempo. E o ataque dele em forma de bola está legal, mas o pulo duplo é passar açúcar ou adoçante na papaya, tirando muito do desafio do jogo. Outra coisa que desagradou é o spin dash, que agora não serve mais para ganhar velocidade de forma segura em uma ladeira, looping ou algo que o acelere.

É um pouco triste pensar que a Sega pode acabar prejudicando o Sonic ainda mais com tantos jogos abaixo da média. E se ninguém mais comprar, ele vai acabar caindo no esquecimento da mesma forma que a empresa japonesa fez com o finado Alex Kidd, que proporcionou ótimos games no Master System.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Obama tá roubando - no NBA Jam



As pessoas dizem que a Fox News é meio como a Veja da TV norte-americana. Bom, de qualquer forma, as denúncias são equivalentes, embora o canal de notícias dos Estados Unidos consiga mais humor involuntário do que revolta. Foi o que aconteceu com essa grande pérola do jornalismo, que pergunta ao telespectador se não há um favorecimento aos republicanos na versão de NBA Jam para o Nintendo Wii.

Cuma? É que o game permite que se jogue basquete com políticos como Barack Obama e Sarah Palin. E parece que o presidente dos EUA possui mais habilidades do que os adversários nas quadras. Detalhe: todo o conceito de gravidade, física e realidade passa longe de NBA Jam, um revival de um clássico dos fliperamas de consoles de 16 bits dos anos 90.

Entrevistado pela Fox News, Peter Moore, presidente da produtora EA Sports foi forçado a explicar o porquê do desnível a favor do atual líder norte-americano. O cara simplesmente argumentou que o Obama da vida real realmente joga basquete e bom... ele É o presidente vitorioso nas últimas eleições, não é? Quer mais o quê?



Via Switched

Microfone é o sonho (molhado) dos bootlegers



Sabe o que é um bootleg? É aquela gravação (em vídeo ou áudio) de um show com câmera ou gravador de forma amadora. Com a popularização do YouTube e de celulares e máquinas digitais com câmeras e microfones de qualidade, basicamente todos podem ser agora um bootleger em potencial. Mas ainda há problemas, como ter que achar um lugar onde o som esteja bem audível e evitar que o público atrapalhe a gravação com gritos, conversas paralelas e cantorias desafinadas.

Tudo isso agora pode ser evitado com este novo tipo de microfone chamado AudioScope. Parece um disco voador, mas é na verdade uma câmera no meio com vários microfones distribuídos simetricamente para captar diferentes variações de ondas sonoras. Isso significa que é possível "focar" em algum ponto para se escutar somente aquilo, e não o ruído em volta. Por exemplo, daria para evitar esse cara cantando junto com o Axl Rose:



Claro que o tamanho do disco é proibitivo, ainda mais se levar em consideração que a maioria dos shows não permite câmeras *oficialmente*. Mas que seria legal poder utilizar um equipamento desses para bootlegs, seria. Mas a utilidade maior dele parece ser transmissões esportivas - confira abaixo como um jogo de basquete da NBA pode ter detalhes revelados pelo AudioScope.



Via Engadget

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

PPP: Pior do que Photoshop na Playboy



E você achando que o Photoshop nas revistas de mulher pelada era o fim do mundo... Logo sucedido pelo AutoTunes (que deixa qualquer cantor de churrascaria afinado), o programa revolucionou o tratamento de imagens e proporcionou a criação de um excelente blog. Mas o próximo passo era questão de tempo.

Agora isso já rola para vídeo, meu chapa! Depois do fiasco que foi a revelação de que Jessica Alba não estava realmente nua em Manchete Machete, um novo software promete colocar qualquer ator/atriz em forma. Não acredita? Veja abaixo uma demonstração em vídeo.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Uma declaração de amor às baterias

Já esse cara não curte muito...

Antigamente, quando chovia muito e faltava luz (sim, estamos no Brasil!), não tinha muito para onde eu correr. Se eu estivesse em casa e fosse à noite, fatalmente eu acabaria pegando o violão e tocando Rocket Queen pela enésima vez. Por isso, eu agradeço a Deus pelas baterias nos equipamentos de hoje em dia.

Assim, é claro que existiam portáteis antigamente. Mas convenhamos que não era muito divertido ficar brincando com uma calculadora por mais de 30 segundos. E mesmo brinquedos eletrônicos sofriam com o consumo voraz das pilhas gordinhas que esvaziavam tão rápido quanto a carteira da minha mãe para bancar isso.

Lembro do blackout nacional de alguns meses atrás. Fiquei escutando a rádio e checando o Twitter furiosamente para descobrir o que houve - tudo graças à internet do meu celular. Claro, nem todos têm acesso à banda 3G, claro, mas tê-la quando o Wi-Fi já não rola mais é bem reconfortante.

E mesmo quando não se quer navegar, sempre há um tempinho para uma jogatina de Gran Turismo no PSP ou algum joguinho de física no celular. :)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Novo tablet-BlackBerry é anunciado - e o iPad?

Se você pensava duas vezes antes de comprar um iPad, acaba de ganhar mais uma razão. A Research In Motion (conhecida como RIM) anunciou hoje um tablet para concorrer com o oponente da Apple, mas com especificações bem melhores. Mas vale a pena?

Primeiro, se você acha que nem um iPad vale a pena e que não passa de um brinquedo caro, melhor parar por aqui logo. O tablet tem sua utilidade e, principalmente, um monte de usuário satisfeito com suas funções de entretenimento; doravante consideremos sua relevância (adoro termos jurídicos).

Continua lendo? Beleza, vamos ao aparelho: o tablet se chamará PlayBook e trará um processador de núcleo duplo com 1 GHz, 1 GB de memória RAM e tela sensível ao toque de 7 polegadas. Mas a grande atração é a possibilide de reproduzir vídeos em Full HD (1080p) por meio de sua saída HDMI. O iPad não possui tal capacidade (embora consiga aguentar vídeos nessa resolução).



No entanto, Steve Jobs implementou a genial ideia de aproveitar todo o catálogo de aplicativos já disponíveis para o iPhone - e não são poucos. E isso inclui games - nicho que a RIM quer aproveitar, como já declarou Mike Lazaridis na apresentação do PlayBook.

Fora isso, o iPad ficará bem desatualizado comparado ao BlackBerry de colo principalmente por conta da total compatibilidade com a tecnologia Flash, Mobile AIR e Reader da Adobe, além do POSIX, OpenGL (importante para gráficos em games) e Java. Ao menos até a próxima atualização do tablet da Apple, que deverá acontecer em fevereiro (se não antes), que deverá trazer câmera HD e resolução Full HD (e nada de Flash, claro).

Maaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas... Tudo isso é muito bonito, mas a RIM só vai lançar o PlayBook (que sim, é um nome estúpido para tentar aliar games com office) "no começo de 2011". Até lá o novo iPad já criou mais hype e a HP já deverá apresentar seu tablet com o WebOS, da falida Palm. Ao menos, são mais opções para você considerar de acordo com sua necessidade/vontade.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A época dos jogos perdidos

Eu tenho um trauma de adolescência: deixei de jogar videogame. Sabe como é, de repente apareceram outras coisas mais urgentes para mim na época. E assim foi até quando eu me mudei para São Paulo e comecei a trabalhar na mesma redação da finada revista EGM (agora é EGW), vendo jogos eletrônicos diariamente.

E aí eu comecei a recuperar o tempo perdido. Confesso que algumas franquias ainda são um mistério para mim, já que eu pulei do Mega Drive para o PlayStation 3 e PSP (será que sou fanboy da Sony? Pra mim é mais coincidência mesmo :P). Mas nunca deixei de lado meu gosto pelos games antigos, como o Sonic e Mario. Tanto que eu sou um ávido telespectador do canal do Classic Game Room no YouTube, um dos mais hilários e saudosistas produtores de vídeos sobre videogames.

Aqui uma palhinha, embora eu recomende que se tenha bom domínio do inglês:




De qualquer forma, sempre me mantive interessado nos jogos old-school, aproveitando para me inteirar mais com games da época que eu perdi. Agora os já clássicos Super Mario 64, Gran Turismo e até mesmo o God of War já estão na minha lista de favoritos de todos os tempos.

Se bem que alguns clássicos, quando atualizados, nem valem a pena, como o Bugsy 3D:



Eu até lembro da época dos dois Bugsy originais para Mega Drive e Super Nintendo. Mas essa versão para o PlayStation 1... Não rola, sinto. Isso me lembra da quantidade de lixo que tínhamos na época do Atari e Nintendo 8 bits. Acho que o sucesso do PS1 e 2 acabou trazendo muito disso de volta e, somente por isso, fico grato de ter ficado abstêmio dos videogames nessa época.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Escolha seu novo e-mail com carinho

Eu tenho um endereço de e-mail no Gmail muito simples. É tanto que algumas pessoas não entendem quando eu falo, apesar de parecer óbvio. E eu consegui essa façanha porque me cadastrei muito no começo do serviço do Google.

Só que isso me quebra as pernas. Explico: ter um e-mail muito simples o torna também a escolha óbvia de outras pessoas, principalmente aquelas que tenham nome e sobrenome parecidos com o seu. E se você adicionar uma pitada de burrice (pseudo)humana, terá a receita do desastre que é minha caixa de entrada.

Constantemente eu recebo mensagens que obviamente não são para mim. São para um tal de Brian Amaral, um jovem universitário dos Estados Unidos. Ou um outro Bruno, mas do Chile. E você acha que eles se preocupam em consertar o estrago, mesmo após eu avisar que não sou essas pessoas?

Os chilenos são os piores. Eles me incluíram numa lista de conversa que resulta em respostas diárias, sempre com o endereço de TODOS OS CONTATOS inclusos para qualquer um ler. E é claro que eles respondem sempre a todos, criando uma bola de neve.

Como não consegui simplesmente bloquear, eu configurei o e-mail para mandar esses e-mails direto para o Spam. Mas como eu sempre dou uma olhada nessa caixa para não apagar nada que tenha vindo errado, acabo vendo que esse povo ainda continua a me mandar mensagens sobre as eleições chilenas.

Pior ainda é que esses donos de e-mails parecidos com o meu são do pior tipo de usuário - o que coloca seu endereço em qualquer cadastro de site por aí. Resultado: recebo também spam na minha caixa de entrada regularmente.

O filtro do Gmail parece ser ineficaz para mim com uma certa regularidade, ainda mais quando eu mantenho a função de push pelo celular. Na verdade não sei se tem relação, mas enfim...

Portanto, caso você queira fazer um e-mail no R7 (que é um serviço novo) ou em algum endereço recém-aberto, aconselho a não utilizar escolhas óbvias. No meu caso, como já possuo o e-mail há algum tempo, fica complicado de passar a utilizar um novo endereço. Mas me arrependo muito ao ter que lidar com uns 90 spams diários e uma certa ineficiência na prioridade da minha caixa de entrada.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

DENÚNCIA: Google copiou a Atari! Corram para as montanhas!



Quem tem um Atari Lynx levanta a mão! Ninguém? Não? Ah tá... Bom, mas quem se interessa por videogames já ouviu falar neste portátil da outrora gigante do mercado de jogos eletrônicos do final da década de 80.

E do Google Android, alguém já ouviu falar? Sim, é aquele sistema operacional que rivaliza com o iOS que equipa os iPhones/iPods/iPads (e que chega em uma versão diferente, mesmo que atrasada, a cada smartphone lançado).

Bom, o bonequinho que simboliza o software do Google é um simpático humanóide verde com antenas. Fofo. Mas há uma grave DENÚNCIA: a gigante da internet teria copiado o tal ícone do OS de um velho jogo para o Lynx.

Como você pode ver na imagem acima, o personagem Android (coincidência? Rá!) figura entre os selecionáveis no game "Gauntlet: The Third Encounter?", lançado em 1989 pela Epyx para o portátil da Atari. Ainda assim, como é possível observar no vídeo embedado aqui, copiar o modelo do Android ainda foi melhor do que o Nerd ou o Punkrocker, não acha?




[Via Engadget]

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

A Apple é líder em games portáteis? Aham, senta lá, Jobs...

 Sabe, há um monte de lugares por aí onde você pode ler sobre os novos iPods (Shuffle, Nano e Touch), novo iOS 4.1, novo Apple TV (que meio que confirmou algumas coisas ditas aqui, mas que se mostrou bem diferente) e tudo aquilo que rolou na conferência da Apple conduzida por Steve Jobs.

Mas uma coisa que não estão falando muito é sobre a declaração de Jobs de que o iPod Touch sozinho (sem contar o iPhone e o iPad) é responsável por mais vendas do que o Nintendo DS e o PSP JUNTOS, tornando-se a principal plataforma móvel de games no mundo. Ok, mas isso não lhe parece estranho?

Para começar, ele mencionou ter vendido 120 milhões de aparelhos com o sistema operacional iOS. Segundo o blog TAUW, apenas o DS vendou mais de 125 milhões (números de janeiro), enquanto a Sony vendeu 62 milhões de unidades do seu portátil.

Steve Jobs pode ter se referido ao número de jogos vendidos na App Store, comparado aos softwares vendidos para a concorrência. Mas é claro: os games são muito mais baratos, com preço médio entre US$ 1,99 e US$ 3,99. Muitos podem ser conseguidos de graça, no Free App Day.

Unreal



Mas houve uma verdade que eu pude provar pessoalmente. Durante a conferência, Jobs chamou ao palco uns caras da Epic Games, que apresentaram uma demo impressionante de um jogo RPG com visão em primeira pessoa. Com um estilo medieval, os gráficos se mostraram surpreendentes, acima até do PSP - e sem o serrilhado característico.




Acontece que essa demo do Project Sword está disponível na App Store - e de graça. Baixe (tem uns 80 MB) e diga se não é realmente revolucionário em termos de gráficos no iOS...



Não tem um framerate de 60 quadros por segundo, mas é bonitão! Sem contar que provavelmente terá um efeito ainda melhor na tela Retina ou mesmo no iPad. Clique aqui (link iTunes) para baixar esse troço.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Nerds se regozijam com novos anúncios da Apple



Amanhã, também conhecido como quarta-feira, haverá mais um pronunciamento da Apple. Provavelmente os nerds e geeks ejacularão rios com o anúncio já esperado do novo Apple TV (ou iTV, ou seja lá como se chame) e novos iPods.

Dessa vez, o iPod Touch poderá vir com a tal de tela Retina utilizada no iPhone 4, com uma densidade maior de pixels, permitindo uma resolução maior. E, com isso, vídeos em alta definição no aparelho. Mas há controvérsias se ele aproveitará também a câmera do seu primo celular - rumores assim existem há anos e nunca saíram do papel.

Já o Apple TV poderá chegar com acesso ao Netflix, o que tornaria o aparelho - teoricamente custando US$ 99 nos Estados Unidos - uma solução barata e simples de se ter um dispositivo com aplicativos do sistema operacional iOS e, claro, vídeos também com o iTunes e YouTube.

Isso segundo a Bloomberg Businessweek. Saberemos amanhã, quando Steve Jobs aparecer de camisa preta dizendo que, na verdade, a Apple faz tudo para os fãs e que eles é que estão querendo coisas erradas, como Flash, ou câmeras, ou espaço de armazenamento maior, ou...

Enquanto isso, no Brasil, ainda ficamos com a TV paga (ver post abaixo).

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

TV paga para quê mesmo?



É estranho. Enquanto a base da TV por assinatura cresce mais de 2% ao mês no Brasil, os Estados Unidos vão observando uma tendência que pode dizimar esta modalidade de entretenimento: o vídeo por demanda.

Aplicativos como Netflix, que na quarta-feira (26) chegou também ao iPhone e iPod Touch, permitem ao usuário fazer streaming de vídeos em alta qualidade para seus aparelhos. No caso, a empresa possui filmes e seriados famosos nos EUA - tudo ali, em alta definição, com busca inteligente e até preview.

O Netflix ainda possui a função de pausar um vídeo em um aparelho e terminá-lo em outro. Digamos que você é abestado abastado e possui um PlayStation 3 com o programinha instalado e está se regozijando com o filme Shark Attack 3: Megalodon. No meio da diversão, você lembra que precisa pegar o ônibus para chegar ao trabalho: basta interromper o playback no console e continuar no iPhone por meio de conexão 3G.


Megalodon, um ótimo exemplo da sétima arte. Destaque para a edição e os efeitos especiais

Isso nos Estados Unidos, claro, porque aqui no Brasil o máximo que você conseguiria é ser roubado no meio do caminho se ficasse dando mole com o aparelho. Isso se o serviço funcionasse pelas bandas de cá, que infelizmente não é o caso.

Bom negócio

Além do smart da Apple e o console da Sony, o serviço está disponível em aparelhos como Xbox 360, Nintendo Wii, iPad, Blu-ray players da Samsung, LG e Insignia e até TVs mais modernas e gravadores digitais como o TiVo.

Tudo por US$ 8,99 ao mês. Aqui no Brasil, o aluguel de locação de DVDs e Blu-rays na BlockBuster fica por R$ 64,90 (ou R$ 34,90, mas para até quatro trocas de dois filmes por mês e apenas em DVD). Note: isso ainda necessita dos discos, embora o frete seja grátis. Até porque a banda larga aqui no Brasil não é tão larga assim...

Claro, estamos falando aqui de baixar filmes legalmente. Por enquanto, não parece uma opção tão viável à TV por assinatura por aqui. Mas as coisas estão mudando aos poucos.

O mercado de Blu-ray brasileiro parece estar finalmente engatando a segunda marcha. Títulos que antes custavam mais de R$ 100 agora já podem ser encontrados por R$ 39,90.

E, em se tratando de programas de televisão, há cada vez mais alternativas ao malfadado e restritivo horário da grade das emissoras. Ou se paga por uma TV por assinatura com um decoder com HD que grava determinada programação, ou se recorre à internet para assistir nos sites das redes ou mesmo em capturas ilegais no YouTube (geralmente com melhor qualidade e, em alguns casos, até em HD).

E você, ainda corre para não perder a novela?

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Novo YouTube traz um pouco do Android para seu iPhone



Há um mês, o YouTube na versão mobile (ou "móvel", para alguns brasileiros) estreou nos Estados Unidos seu novo layout. O site traz mudanças cosméticas bem-vindas para usuários com dispositivos touchscreen, além de novidades na tecnologia que funcionam bem melhor nos aparelhos atuais. O Brasil e outros países do mundo foram agraciados com essa nova versão nos primeiros minutos desta terça-feira (24).

Para um usuário do iOS 4.1 (o sistema operacional do iPhone e iPod Touch), as mudanças foram as mais agradáveis. O novo visual do site lembra muito o design do Android, sistema do Google (dono do YouTube) e concorrente direto dos aparelhos da Apple. Muito mais fácil de ler a descrição dos vídeos e de clicar neles - afinal, quem usa caneta stylus em smartphone ainda hoje em dia já sofre muito.



Mas a mudança mais profunda foi a implementação do HTML5, tecnologia que permite abolir o uso do plugin Flash, da Adobe, para rodar conteúdo de mídia (animações, vídeos) no próprio navegador. O padrão, ainda engatinhando, é o principal pilar de Steve Jobs, chefão da Apple e veemente opositor do Flash (segundo ele, o plugin consome muito da performance e bateria para ser utilizado em celular, além de trazer muitos bugs e falha de segurança). Agora o site não abre mais o app do YouTube para rodar os filmes, mas sim o player de vídeos Quicktime.

Na prática, o HTML5 já funcionava no iOS. Bastava acessar o YouTube.com/html5 e ligar a opção - mas isso só funcionava no modo desktop, que não é muito adequado para um smartphone. Além disso, ele impedia que qualquer vídeo com anotações ou propagandas fosse acessível, limitando muito a experiência.

Agora, o vídeo funciona que é uma beleza. Não há interrupção no carregamento (buffering) e há opção de exibir em qualidade baixa ou normal (chamado de HQ, high quality). Assistir com qualidade meia-boca é bom não somente para quem tem uma internet capenga, mas também para quem precisa utilizar o portal de vídeos via internet 3G com limite de dados.

Tendência



Outra atualização são os comandos de gostar ou não de um vídeo. O ranking de até cinco estrelas já fora aposentado na versão desktop há algum tempo, então não fazia sentido permanecer com a função na versão mobile. Infelizmente ainda não implementaram esses botões na área de comentários (o que ajuda para coibir os trolls de sempre).

De fato, a nova cara do site funciona tão bem que já é possível aposentar o aplicativo nativo do iPhone/iPod Touch. Tanto que o Google, marotamente, sugere ao usuário colocá-lo como favorito na área de trabalho, criando um atalho como se fosse um app comum (isso é possível em qualquer site, na verdade).



Com 100 milhões de acessos diários por meio de dispositivos móveis - celulares, tablets, smartphones e o que mais se encaixar -, o YouTube só tem a ganhar com essa mudança. De 2008 a 2009, o tráfego cresceu 160% (segundo o Brand Republic), e a tendência é a popularização deste nicho.

Ou você acha que ter um celular com acesso à internet é algo de outro mundo? Certamente, daqui a alguns anos, será muito mais comum do que ter funções já consideradas básicas, como mp3 e câmera. Afinal, quem lembra dos antigos Nokia que sequer permitiam escrever uma SMS em 1999?

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Redes sociais e Charles Darwin: tudo a ver


Parece incrível, mas já fazem 12 anos que mexo nessa novidade chamada internet. Comecei utilizando o e-mail em um cliente chamado Eudora e uma conexão discada da Elógica (antigo provedor pré-bolha em Recife) roubada do escritório do meu pai. E comecei com fins sociais, para comunicação.

Logo veio o mirc32, um programinha que utiliza a rede IRC (ainda ativa) para bate-papos. Apropriando-se do conceito de salas, era possível encontrar pessoas com interesse em comum. No meu caso, passei a usar com o pessoal do meu prédio e do colégio e, logo depois, com amigos da faculdade (como o @calhau). Foi muito útil na hora de editar meus primeiros textos colaborativos e passar madrugadas falando bobagem.

Em seguida veio o MSN, hoje chamado de Windows Live Messenger. Foi uma transição natural, ainda mantendo contato com as pessoas do meu colégio e da faculdade. Mas aí já estava deixando de lado pessoas que conheci no IRC.

Então uma rede social propriamente dita apareceu: o Orkut, com a exigência de convite. O uso no começo foi um pouco tímido, mas logo passei a visitar o site de relacionamentos do Google com afinco. Revi muitos colegas da minha infância e adolescência por lá, assim como fiquei sabendo das tristes notícias da morte de um amigo dessa época e, pouco tempo depois, o fim do meu colégio (o Nóbrega, em Recife, que era da ordem dos Jesuítas).

Até que eu precisei parar. Estava ficando realmente viciado, passei a ter contas fakes para me divertir (a @reginacelia, @cdiurno e o @apedros me conheceram nessa época), mas já estava na hora de desintoxicação. Coincidiu que eu comecei a me estruturar para vir para São Paulo tentar a sorte.

Fast foward um pouco. Somente em 2009 que eu comecei a voltar para redes sociais, me registrando no Twitter e no Facebook ao mesmo tempo. Engraçado que nessa transição eu perdi o contato com muitas pessoas, algumas das quais eu julgava como amigas. Outras, para minha sorte, aceitaram minha volta às redes sociais (como os quatro citados acima).

A sabedoria de Darwin

No final das contas, eu vejo meu amadurecimento (ou algo parecido com isso) coincidindo um pouco com o das redes sociais. Se antes era algo para quem tinha tempo sobrando, hoje é para uma comunicação mais objetiva, mesmo que seja para falar as bobagens de sempre. E sem ninguém enchendo o saco, pedindo atenção para diálogos que mais pareciam monólogos. Claro que há os joguinhos do Facebook, mas enfim...

Não me incomoda tanto que algumas amizades tenham ficado para trás. De repente, com a evolução das redes, a tecnologia deu seu jeito de fazer a seleção natural que aconteceria naturalmente com a passagem do tempo e, no meu caso, também a distância.

Isso me lembra o Alexandre. Ele era amigo meu na época do Jardim I até a Alfabetização (rá!). Após esse período, eu fui estudar no turno da manhã e perdemos o contato. Voltei a vê-lo na quinta série, e sempre falei com ele meio que fazendo festa por rever um velho companheiro. Isso até um dia em que estávamos em um show no Pátio de São Pedro e ele me repreendeu: "Bruno, toda vez que me vê você fala que somos amigos há X anos, né? Aff..". E eu: "aham". Notei naquela hora que o melhor que eu tinha a fazer é ignorar mesmo e cuidar da minha vida. Desde então, fiz questão de não o adicionar em nenhuma rede social ou comunicador instantâneo. Obrigado por me lembrar que as pessoas mudam e ficam babacas. :)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Censo e a falta de sensibilidade dos tablets


Fui entrevistado por uma simpática moça do IBGE na manhã desta quinta-feira. Como todos sabem, o censo 2010 está sendo realizado com um tablet sensível ao toque da LG equipado com o que parece ser o Windows. Não pode ser coisa boa.

Nada contra o sistema operacional da Microsoft, mas tudo contra sua usabilidade em telas sensíveis ao toque. E, por via de regra: se é preciso uma canetinha stylus para usar, significa que é ruim e impreciso.

As letrinhas miúdas do sistema não ajudam também, com um teclado virtual que obriga a digitação no estilo "catando milho", mas com a tal canetinha. As opções aparecem em boxes tão pequenos quanto. Pode parecer pouca coisa, mas a possibilidade de colocar um casal com quatro filhos em vez de dois é grande. Ou pior: casar solteiros invertebrados inveterados e matar um monte de agregados. É, não é tão ruim...

Sushi

Tem um japonês em Moema (em Sampa, para quem não sabe) que eu gosto muito (quando dá, pois é meio fora dos meus padrões) chamado Mori (não o da Consoloção, mas o da rua Gaivota, próximo ao Shopping Ibirapuera). Excelente a comida de lá, com um peixe fresco e saboroso. Mas, ao menos no rodízio, eles têm um problema: nem sempre o que você pede é o que se recebe na mesa.

Acredito que o grande culpado disso tudo é justamente o pequeno tablet que os garçons utilizam. E sim, não é com o dedo que se seleciona as opções de entradas e pratos principais, mas com a marota canetinha stylus. Já usei um palm com uma coisa dessas e me surpreendi com a falta de precisão de sua tela sensível a um toque por vez (ou seja, o oposto do multitouch).


Claro que, no caso do Mori, são apenas sushis de atum a mais ou temaki com a indesejável maionese. Mas em escala nacional, no caso da pesquisa do IBGE, há uma grande chance de errinhos pequenos acabarem afetando o resultado macro do censo. E isso significa aplicação errada de investimentos públicos baseados nesses números.

No final da entrevista, é preciso assinar na tela para confirmar que foi você mesmo que deu as informações. Juro que tentei, mas tenho a impressão meu nome saiu algo como "Brini di Umuril". Eficácia mandou lembrança.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Saiba o que Dilma, Serra e Marina pretendem fazer com sua internet


No começo da tarde desta quarta-feira (18), um importante passo para o futuro da internet brasileira foi dado no Tuca, o teatro da PUC, em São Paulo. O Universo On Line (UOL, para os íntimos) realizou o debate entre os três principais presidenciáveis (Dilma, Serra e Marina Silva) com transmissão exclusiva pela internet pela primeira vez no Brasil.

Nunca antes neste país houve um evento político dessa magnitude na web. Foi perfeito? Nah, longe disso. As amarras das assessorias dos próprios candidatos dificultam muita coisa, mas já foi uma experiência melhor do que na TV.

A transmissão, embora ainda no padrão de baixa resolução de sempre, ocorreu sem maiores problemas na qualidade de áudio e vídeo. Ainda melhor foi a codificação de vídeo em HTML5 na versão mobile do site, o que dava garantia de suporte aos dispositivos iOS (iPhone, iPod Touch e iPad), permitindo conferir o debate via rede 3G ou Wi-Fi sem maiores problemas.

Mas que planos os candidatos oferecem para o futuro da internet no Brasil?


Propostas




A petista Dilma ressaltou o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), um projeto capenga que promete dar acesso a quem ainda utiliza conexão discada uma internet menos século passado. Na verdade, é um plano louvável, não fosse o fato de que não só a velocidade (de 784 e 512 kbps), mas também a qualidade (por meio de uma rede de fibras ópticas da Eletrobás) são de gosto duvidoso. O valor ficaria entre R#10 a R$ 35, segundo nota datada de maio deste ano no site da candidata.

Até seria de bom tom se aprofundar em seu plano sobre como pretende fazer isso - ou ao menos confirmar essa rapidez de velotrol. No entanto, seu site simplesmente não exibe nada sobre o tema (e nem os demais, já que os links para o programa de governo não levam a lugar algum). Ficamos então com a versão da notícia publicada na própria página.

O tucano José Serra, por sua vez, atacou esse ponto vulnerável dos planos para a internet brasileira com promessa de "um projeto muito mais ambicioso". Pelo site do candidato, não há explicação sobre quanto se pretende investir, a não ser uma vaga intenção de "instalação de rede de infraestrutura (fibra ótica) para suportar o crescimento do acesso, que depende de elevados investimentos". Ah tá.

Na verdade, o próprio Serra ressalta o plano de banda larga popular de São Paulo, que oferece conexões de 256 kbps pelo preço máximo permitido de R$ 29,90. Segundo as regras, as operadoras podem oferecer até 1 MB - coisa que ninguém faz, claro. Mas se ele diz que pretende oferecer uma internet muito mais rápida do que a da Dilma, imagina-se que seja de 1 MB. Negócio é fazer isso em âmbito nacional quando nem na região metropolitana de São Paulo ele conseguiu.

Proposta semelhante segue Marina Silva, com o Programa Internet para Todos, que pretende "estender a rede de velocidade rápida, além de 1 Mbps, seja via linha telefônica fixa, celular, cabo de fibra ótica, eletricidade ou outra forma de acesso sem fio".

A velocidade certamente é muito mais aceitável como banda larga, mas como conseguir isso? De acordo com o plano da candidata do PV, com o "incentivo de crédito de longo prazo, bem como da desoneração fiscal dos mesmos em relação a impostos como Fust, PIS, Cofins e IPI, que correspondem a 42% das tarifas de telecomunicações". Legal na teoria, mas na prática isso passaria facilmente pelo congresso?

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Com essas informações em mãos, avalie. E é bom você escolher bem em quem vai votar. Porque não adianta nada reclamar por pagar tão caro para ter uma velocidade e qualidade de conexão tão ruim.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Mirror's Edge é para quem curte o Partoba!

Um dos jogos mais criativos dos últimos tempos, Mirror's Edge basicamente clama por uma continuação. E pelo que dá a entender Elisabetta Silli, designer de fases do título, uma eventual sequência poderá sair. Sim, eventualmente.

Trabalhando atualmente na franquia Battlefield, ela declarou ao blog Joystiq que não poderia falar sobre uma continuação. Mas quando foi perguntada marotamente sobre como ela mudaria o game, Silli disse que procuraria focar na "navegação" (no sentido de exploração, pô!) e em dar pistas melhores sobre o que o cara precisa fazer para seguir no jogo.

A designer disse ainda que "adoraria trabalhar numa sequência". Lógico, todos gostaríamos de uma continuação - menos a Electronic Arts, desenvolvedora do título, por enquanto.

Lançado em novembro de 2008 para PlayStation 3 e Xbox 360 (ganhando uma versão para Windows em janeiro do ano seguinte e uma boa conversão 2D para o iPhone em 2010), Mirror's Edge inovou colocando o jogador na pele de Faith, uma praticante do Parkour, aquele esporte de gente maluca pulando em paisagens urbanas (ou Partoba, em alguns lugares do mundo). Como um FPS (First Person Shooter, ou seja, no ângulo de visão da primeira pessoa), a mecânica geralmente deixa de lado as armas para deixar uma eterna sensação de vertigem ao pular entre arranha-céus.

Com um gameplay tão particular, a cor vermelha indica os locais que o jogador precisa utilizar (ou alcançar) para prosseguir. Apesar de um pouco repetitivo, Mirror's Edge conseguiu uma média de 79% de aprovação no Metacritic, que reúne opiniões de diversos sites especializados.

Confere ae abaixo o jeitão do game. Vale a pena ao menos baixar a demo na PSN ou na Live para conferir.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O smart moribundo do Google ficou melhor que o iPhone?


O Android é um sistema operacional estranho. Diferentemente do iPhone e cia, você pode ver um monte de aparelhos sendo vendidos com uma variação na versão do software. Enquanto alguns já se preparam para a versão 3.0, ainda tem muitos smartphones com o 1.5 (não é, Sony Ericsson?) e a badalada 2.0.

No entanto, apenas o Nexus One está ganhando nesta segunda-feira (16) a versão final do Flash Player 10.1 da Adobe. Sim, você sabe: o smartphone falido do Google está rodando agora um plugin que o iPhone simplesmente ignora (e ganha um monte de páginas de erro por causa disso).

Só eu que vejo uma ironia nisso tudo? Enfim, como o Nexus One não chegará ao Brasil, esse post só tem o fim lúdico de sacanear o Google e a Apple. Passar bem.

Welcome to the Jungle! Twitter de famosos são invadidos

Twitter do Axl Rose (em printscreen da Globo.com)


Uma falha grave em um site parceiro do Twitter pode ser o responsável por uma onda de ataques no microblog. Durante o domingo, as contas de pelo menos quatro famosos foram invadidas: o técnico da seleção Mano Menezes, os sub-celebridades Dado Dolabella e Sabrina Sato e o vocalista do Guns N' Roses, Axl Rose.

No caso do temperamental Axl, o estrago foi grande. Conhecido pelas frequentes mudanças de humor e problemas com membros da banda, poucos duvidaram de que a autoria da seguinte mensagem fosse realmente dele:

"Todos os próximos shows do Guns N' Roses estão cancelados oficialmente. Por favor, entrem em contato com seus revendedores para reembolso"

No entanto, como alguns fãs notaram, a mensagem - a primeira desde que o cantor passou pelo Rio de Janeiro, em março deste ano - foi postada no site em versão para celulares do Twitter, diferente do usual aplicativo oficial do microblog para o iPhone. Logo membros da banda correram para esclarecer que nada havia cancelado, avisando inclusive que ninguém teria saído do grupo.

Claro que, antes disso - e até depois -, houve muita reclamação e xingamento de fãs. É que nos dias 26 e 27 o Guns encabeçará o Leeds/Reading, festival de grande porte na Inglaterra, seguindo então para uma extensa turnê europeia. Por isso mesmo, a própria organização do evento procurou os representantes do Axl, que afirmaram que seu Twitter havia sido invadido.


Casos brasileiros

No caso do Mano Menezes e da Sabrina Sato, o "cracker" (ou seja, o cara que simplesmente descobriu um jeito de aprender a senha utilizada, sem modificar ou invadir o código-fonte do alvo) apenas quis tirar uma onda, mostrando fotos supostamente engraçadas.

Já o Dado Dolabella simplesmente teve sua conta no Twitter excluída. Não que vá fazer alguma falta, mas enfim, não deixa de ser um exemplo dos problemas no site...

De acordo com o blog da Rosana Hermann, a brecha de segurança ocorre no serviço de fotos do Twitter, o Twitpic. Quem quer ilustrar os 140 caracteres com uma foto, geralmente utiliza o site para enviar a imagem. A questão é que a página pede o login e senha do microblog e uma falha permite que se tente uma combinação insistente até conseguir a senha de qualquer usuário.


Segundo a Rosana, para evitar que isso aconteça basta fazer o seguinte:

"Se você for usar o Twitpic, use e dê REVOKE em Settings/connections logo após o uso.  E deslogue-se (@Opaulo dá o lembrete) . Tudo o que você deixa com permissão ativa, pode deixar um canal para invasão. Ou simplesmente feche a conta no Twitpic e use o YFROG ou outro serviço de envio de imagens mais seguro. Dê Revoke em tudo o que você não usa ou não precisa."

E bom, para quem acha que o Guns ainda é relevante (como eu acho), taí um bom vídeo motivacional com a música Scraped:


quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O 3D está morrendo e você não está nem aí..

Ah, o velho óculos 3D do Master System.. Esse sim, um verdadeiro pioneiro!


Todos os três ávidos leitores desse blog podem se perguntar: mas esse cara só quer desgraça? A culpa não é minha, mas sim das forçadas de barra que a indústria da tecnologia tenta de vez em sempre. Após a bomba do iTV (ou Apple TV, dependendo de quão atualizado você esteja) de ontem, o blog mais rentável do mundo, o TechCrunch, resolveu declarar a morte do 3D.

Isso mesmo, toda aquela empolgação com os filmes como Avatar está esvaindo lentamente com a chegada da tecnologia de três dimensões na sala de estar do consumidor. "Provedores de conteúdo desistiram do 3D", diz o blogueiro John Biggs. "O 3D é o LaserDisc desta era - é uma tecnologia boa de algumas formas (sozinho jogando PC é fantástico) e horrível em outras", completa, citando o fiasco da má utilização da técnica em filmes como Fúria de Titãs e G-Force.

Se nos Estados Unidos uma TV com capacidade de exibir imagens tridimensionais é cara, imagina aqui no Brasil, com modelos de R$ 7 mil e tralalá. Sem contar que, de fato, utilizar os incômodos óculos de cristal líquido (um para cada pessoa, claro!) para um ato simples como assistir à programação normal da televisão não é algo que me apetece muito.

No final das contas o 3D está sendo tratado como uma simples firula. E o que vem ganhando força são, justamente, dispositivos como o iTV, com aplicativos que prometem trazer experiências bacanas como o YouTube para a sala de jantar. A própria Google TV já foi apresentada com modelo semelhante (mas com resolução Full HD, claro).

Como aqui no Brasil as coisas são complicadas para o streaming - além do Netflix, HULU e outros não estarem disponíveis, a velocidade da internet pelas bandas de cá impedem qualquer tentativa de vídeos HD em tempo real -, eu vou me contentando com um recurso simples. Ligo meu notebook na TV e tenho tudo isso e mais um monte de coisas legais.

Claro que isso não impede de eu continuar desejando uma Bravia 3D para poder jogar o futuro Gran Turismo 5 com motion track e o escambau. Porque, né?

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Boatos, Hoaxes, OVNI, UFO e discos voadores...

OVNI é uma sigla: Objeto Voador Não-Identificado. Significa qualquer cabaço que você veja no céu e não saiba o que é, seja uma nave com ETs, seja um urubu, seja um kriptoniano. UFO é a mesma coisa, mas em inglês (Unidentified Flying Object).

Já "discos voadores" é uma expressão popular que serve para designar até mesmo uma nave alienígina em forma de triângulo (!). Imagino o que diriam se vissem uma X-Wing cruzando o céu... Mas não vamos nos ater a meros detalhes geométricos.

Não tenho nada contra quem acredita. Gostaria de ver algum para poder ter essa certeza toda de que existem visitas extra-terrestres mesmo nessa bodega. Mas me deixa muito indignado como tem gente que expõe ao ridículo um argumento válido de vida fora deste planeta...

O canal a cabo History passou uma maratona de pseudo-documentários sobre aquela velha teoria do "Eram os Deuses Astronautas?". Entre "especialistas" de credibilidade duvidosa, eu vi gente refutando fatos históricos apenas para corroborar a tese. Ignorar argumentos e mostrar crença sem nenhuma base científica e lógica não me parece um bom caminho para propagar a ideia de que não estamos sós.

Em um dos episódios, oferecem como suporte à teoria de discos voadores reais os planos (fracasssados) da Força Aérea Norte-Americana de fabricar aeronaves com formato circular. O vídeo mostrou esta foto:


Detalhe: já se sabe que essa foto é uma montagem. O documentário, feito em 2009, ignorou ou não apurou com certeza. Como querem passar credibilidade assim?

Boataria bonita

Mas não é de hoje que se vê a grande mídia caindo em boatos. Um deles foi o criado no blog TheChieve.com e traz uma série de fotos (como slides sequenciais) com uma funcionária se demitindo e ridicularizando o ex-chefe por, entre outros predicados nada amigáveis, passar 19 horas por dia jogando Farmville no Facebook.


O próprio site confessou depois ser um mero boato fabricado para dar audiência. Mas ao menos nos apresentou a bela Elyse Porterfield, atriz de 22 anos que ganhou notoriedade com o rumor. E ela ainda é a cara da excelente (e minha eterna diva) Fiona Apple.

iTV e PlayStation Phone - dois futuros fracassos?

O blog bacanudo Engadget soltou no início da noite desta quarta-feira (11) duas bombas. Ambas falam de novos produtos baseados em hardware já existentes, mas com aquela mudança que basta para os fãs ficarem ávidos por gastar o vitém. Também compartilham uma semelhança: um gostinho de caretice no melhor estilo Dunga.

A primeira carga de combustão foi o relançamento da Apple TV, um aparelhinho sem graça que nem fede e nem cheira para os brasileiros com acesso limitado ao iTunes. Renomeado de iTV - seguindo o padrão de sucesso dos seus primos iPod, iPhone e iPad -, o aparelhinho vai compartilhar o sistema operacional iOS presente nos dispositivos móveis da empresa de Steve Jobs e poderá rodar aplicativos também.

Aí vem a rasteira: a capacidade de armazenamento diminui com a troca do disco rígido por um de memória sólida (o popular "memória flash" presente no seu vergonhoso MP20 comprado na Rua Santa Ifigênia ou no Mercado Livre) e o bichinho não mais suportará vídeos Full HD (resolução de 1080p) ou mesmo 1080i (como na TV Digital).

Os Applemaníacos que vão comprar isso e passar os próximos 12 meses justificando-se sobre as maravilhas do design que compensam o preço caro (eu sei como é, também tenho produtos da maçã) terão que se contentar com a resolução 720p. Estranho, se parar para pensar que o processador A4 - o mesmo do iPhone 4 - tem capacidade de rodar vídeos em Full HD. Pô, até o iPhone 3GS pode!

I WILL MAKE YOU SUFFER!

A outra carga explosiva foi a aliança entre o Google e a Sony Ericsson para trazer o PlayStation Phone do mundo dos rumores à realidade. Na verdade, de acordo com o Engadget (já que ainda é uma notícia não-oficial), o handheld será uma espécie de Xperia com um painel deslizante lateral com botões de joystick, tornando-o semelhante ao PSP Go. O celular virá com o sistema operacional Android 3.0 (também conhecido pela alcunha Gingerbread).

Os botões terão configuração semelhante a do falido PSP Go, mas com um touchpad (sabe aqueles de notebook que substituem um mouse?) no lugar do ainda mais pobre direcional analógico do console portátil atual. Os botões L e R, localizados acima do painel deslizante, também estarão lá.

Isso tudo com o processador Snapdragon de 1 GHz (o mesmo do Nintendo 3DS, dizem), tela de 3,7 OU 4,1 polegadas e com logotipos tanto do Xperia quanto do PlayStation.

Aí vem o pipoco do trovão: o bicho não vai substituir o PSP atual. Ele terá títulos com gráficos entre o PlayStation 1 e o PSP mesmo e aproveitará a loja virtual Android Marketplace para comercializar jogos via download de forma semelhante a da App Store, da Apple. Entre os títulos mencionados estão God of War e Little Big Planet (possivelmente os mesmos já lançados) e o Call of Duty: Modern Warfare (esse sim, uma novidade).

Tá, então a Sony vai combater a Nintendo (com o 3DS) com jogos antigos e com um celular que em seis meses terá sistema operacional obsoleto? E a pirataria, manolo? E onde está a jogatina em HD para um portátil, que seria o passo óbvio seguinte?

O Xperia/PlayStation deve ficar parecido com essa montagem abaixo que o Engadget fez. Segundo fontes do site, o aparelho é "sexy pra porra" e deverá ser apresentado ainda em outubro deste ano.


Ok, vamos ver. Eu prefiro esperar para ter certeza que ambos não serão um grandioso e épico FAIL.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Tecnologiação!

Esta é uma estreia de um neologismo. Tecnologiar: falar sobre tecnologia; esmiuçar o aspecto tecnológico das coisas. Não sei se notaram, o nome deste blog vem dessa palavra que inventei. Bom, era isso ou me contentar com nomes como "The eBook is on the table". É, eu nunca fui bom nisso.

Como jornalista com experiência em redações de sites e revistas de tecnologia, achei por bem eu me aventurar nessa ferramenta nova chamada blog nessa tal de internet. Sim, você vai encontrar muita ironia aqui, porque de jornalismo chato e careta o mundo tá cheio.

Mas também deverão ver outros tópicos abordados, como games, ciência e Big Brother. Bom, talvez o último não, mas quem sabe né?

Então, sejam bem-vindos. Espero que vocês gostaro - eu tenho certeza que vocês gostaro. (sic Palmirinha).