segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Internet Banking: melhor do que um DeLorean?


Estava eu tentando resolver assuntos bancários pela internet quando me deparei com uma constatação: estamos em 1996. Sim, é a única explicação que eu tenho para entender como as instituições financeiras brasileiras insistem em soluções tão pouco práticas e canhestras.

Utilizar o internet banking do Bradesco, por exemplo, é quase como entrar em uma DeLorean e atingir as 88 mp/h. Se o acesso de uma conta para pessoa física é passável, o de empresas (pessoa jurídica, ou apenas PJ) é basicamente BURRO.

Você odeia o Bill Gates e possui um Macintosh ou algo rodando Linux em casa? Melhor se mudar para uma casa próxima a uma agência do Bradesco, pois será a única forma de movimentar alguma coisa em sua conta corrente. O banco nos agracia com a obrigatoriedade de utilizar alguma versão do Windows. Não só: jogue fora seu Firefox e Chrome, pois o único navegador aceito é o Internet Explorer. E se você ousou baixar a beta do IE9, só roda em modo de compatibilidade e olhe lá.

Mesmo que você consiga entrar na sua conta, os problemas não acabaram. A interface é bem século 20, com menus agrupados de forma pouco inteligente (fazer transferências com uma conta PJ é a coisa mais natural do mundo, mas é preciso ao menos 5 clickes para chegar na opção) e o melhor: pop-ups às pampas. A cada operação nova, o Internet Explorer se reproduz. Levaram a sério aquele ditado auto-ajuda sobre quando uma porta se fecha, uma janela se abre...

É estranho que uma empresa que investe em aplicativos para iPhone (uma parcela bem pequena da população brasileira) não se preste a colocar suporte para outras plataformas que não sejam da Microsoft. Isso sem falar no arquivo de segurança que, junto com o tolken, podem simplesmente ser utilizados em qualquer computador não-cadastrado. Não creio que seja muito seguro liberar o acesso dessa forma, ainda mais quando não é preciso sequer colocar agência e número da conta.

Tá ruim, mas tá bom

O Banco Real também merece ser lembrado. É preciso tantas senhas que qualquer ser humano vai acabar anotando isso em algum lugar. E aí toda a segurança vai por água abaixo... Mas não espere que seja possível abrir uma conta e sair utilizando o internet banking - é preciso muita punhetagem com atendentes de call center. Pior é que nem sempre possuem treinamento suficiente para auxiliá-lo caso haja alguma dúvida mais complexa. Experimente trocar de computador em casa e pergunte a eles se há algum problema. A cada ligação, uma resposta diferente.

Dos testados, até o momento, o Banco do Brasil foi o mais simpático. Ao menos como PF, já que o processo de abertura de uma conta PJ é mais complicado do que arranjar emprego para ex-presidiário.

Enfim, o BB traz uma interface amigável, com algumas soluções simples de segurança mas que são geralmente eficazes. Apenas a liberação de computadores via celulares é que peca (para quê ter que liberar duas vezes o mesmo computador quando se tem uma conta conjunta?), mas ao menos isso pode ser feito num caixa eletrônico.

Me disseram que o internet banking do Itaú é bom. Eu desconfio de bancos que vivem falando que são conectados e "do futuro" apenas por colocarem uma propaganda de realidade aumentada no miolo da Veja, mas....

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Jogue Sonic 4 e... tenha saudades do Mega Drive

Foto: Joystiq.com
Eu confesso: num primeiro momento, gostei do Sonic the Hedgehog 4. Baixei a demo na PSN e joguei uma partidinha (só tem o primeiro ato da primeira fase). Mas desliguei o videogame com uma sensação estranha... De que já tinha visto aquele filme antes.

Claro que já. A fase é uma variação pouco inspirada da clássica Green Hil Zone, do Sonic 1 para o Mega Drive. A diferença de ter gráficos em Full HD e criados com polígonos acaba deixando o jogo ainda mais esquisito - como a jogabilidade é muito parecida com o da era 16 bits, é fácil se estranhar com os movimentos robóticos do bonequinho azul.

Aliás, o design do Sonic atual está "radical" demais para o meu gosto. Muito "vamos agradar os pré-adolescentes que acham que ele é cool". Quando ele tinha um aspecto mais amigável (com cabeça e olhos maiores), trazia maior empatia. E a animação dos sprites era muito bem feita, dando personagem ao psicótico animal que sofre de ansiedade e precisa ir aos lugares correndo.

Não é o caso agora. Quando ele começa a correr, parece que ele está andando por um tempo. E o ataque dele em forma de bola está legal, mas o pulo duplo é passar açúcar ou adoçante na papaya, tirando muito do desafio do jogo. Outra coisa que desagradou é o spin dash, que agora não serve mais para ganhar velocidade de forma segura em uma ladeira, looping ou algo que o acelere.

É um pouco triste pensar que a Sega pode acabar prejudicando o Sonic ainda mais com tantos jogos abaixo da média. E se ninguém mais comprar, ele vai acabar caindo no esquecimento da mesma forma que a empresa japonesa fez com o finado Alex Kidd, que proporcionou ótimos games no Master System.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Obama tá roubando - no NBA Jam



As pessoas dizem que a Fox News é meio como a Veja da TV norte-americana. Bom, de qualquer forma, as denúncias são equivalentes, embora o canal de notícias dos Estados Unidos consiga mais humor involuntário do que revolta. Foi o que aconteceu com essa grande pérola do jornalismo, que pergunta ao telespectador se não há um favorecimento aos republicanos na versão de NBA Jam para o Nintendo Wii.

Cuma? É que o game permite que se jogue basquete com políticos como Barack Obama e Sarah Palin. E parece que o presidente dos EUA possui mais habilidades do que os adversários nas quadras. Detalhe: todo o conceito de gravidade, física e realidade passa longe de NBA Jam, um revival de um clássico dos fliperamas de consoles de 16 bits dos anos 90.

Entrevistado pela Fox News, Peter Moore, presidente da produtora EA Sports foi forçado a explicar o porquê do desnível a favor do atual líder norte-americano. O cara simplesmente argumentou que o Obama da vida real realmente joga basquete e bom... ele É o presidente vitorioso nas últimas eleições, não é? Quer mais o quê?



Via Switched

Microfone é o sonho (molhado) dos bootlegers



Sabe o que é um bootleg? É aquela gravação (em vídeo ou áudio) de um show com câmera ou gravador de forma amadora. Com a popularização do YouTube e de celulares e máquinas digitais com câmeras e microfones de qualidade, basicamente todos podem ser agora um bootleger em potencial. Mas ainda há problemas, como ter que achar um lugar onde o som esteja bem audível e evitar que o público atrapalhe a gravação com gritos, conversas paralelas e cantorias desafinadas.

Tudo isso agora pode ser evitado com este novo tipo de microfone chamado AudioScope. Parece um disco voador, mas é na verdade uma câmera no meio com vários microfones distribuídos simetricamente para captar diferentes variações de ondas sonoras. Isso significa que é possível "focar" em algum ponto para se escutar somente aquilo, e não o ruído em volta. Por exemplo, daria para evitar esse cara cantando junto com o Axl Rose:



Claro que o tamanho do disco é proibitivo, ainda mais se levar em consideração que a maioria dos shows não permite câmeras *oficialmente*. Mas que seria legal poder utilizar um equipamento desses para bootlegs, seria. Mas a utilidade maior dele parece ser transmissões esportivas - confira abaixo como um jogo de basquete da NBA pode ter detalhes revelados pelo AudioScope.



Via Engadget

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

PPP: Pior do que Photoshop na Playboy



E você achando que o Photoshop nas revistas de mulher pelada era o fim do mundo... Logo sucedido pelo AutoTunes (que deixa qualquer cantor de churrascaria afinado), o programa revolucionou o tratamento de imagens e proporcionou a criação de um excelente blog. Mas o próximo passo era questão de tempo.

Agora isso já rola para vídeo, meu chapa! Depois do fiasco que foi a revelação de que Jessica Alba não estava realmente nua em Manchete Machete, um novo software promete colocar qualquer ator/atriz em forma. Não acredita? Veja abaixo uma demonstração em vídeo.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Uma declaração de amor às baterias

Já esse cara não curte muito...

Antigamente, quando chovia muito e faltava luz (sim, estamos no Brasil!), não tinha muito para onde eu correr. Se eu estivesse em casa e fosse à noite, fatalmente eu acabaria pegando o violão e tocando Rocket Queen pela enésima vez. Por isso, eu agradeço a Deus pelas baterias nos equipamentos de hoje em dia.

Assim, é claro que existiam portáteis antigamente. Mas convenhamos que não era muito divertido ficar brincando com uma calculadora por mais de 30 segundos. E mesmo brinquedos eletrônicos sofriam com o consumo voraz das pilhas gordinhas que esvaziavam tão rápido quanto a carteira da minha mãe para bancar isso.

Lembro do blackout nacional de alguns meses atrás. Fiquei escutando a rádio e checando o Twitter furiosamente para descobrir o que houve - tudo graças à internet do meu celular. Claro, nem todos têm acesso à banda 3G, claro, mas tê-la quando o Wi-Fi já não rola mais é bem reconfortante.

E mesmo quando não se quer navegar, sempre há um tempinho para uma jogatina de Gran Turismo no PSP ou algum joguinho de física no celular. :)