terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Algumas razões para não se impressionar com o 3D

"Pois é, os óculos 3D não cabem no meu rosto"

Fico pensando, o 3D faz tanta diferença assim? Claro, a terceira dimensão pesa no seu bolso na hora de assistir a um filme no cinema (malditos!), mas e em outras aplicações?

"Conversando" com a Caminhante Diurno no Twitter, notei que não sou o único - nem de longe - a não ficar impressionado com o efeito. É uma moda baseada em uma firula (ou "gimmick", como pode ser mais adequado na expressão em inglês). Como tal, é inconsistente e não acrescenta significativamente uma experiência melhor em filmes.

Já em videogames, há uma boa oportunidade aí. A noção de profundidade, se bem feita, pode ajudar muito em jogos de tiros, de corrida e qualquer outro que possua gráficos tridimensionais (no caso, estou falando dos polígonos). Games recentes para PlayStation 3 como Gran Turismo 5 e Killzone 3 oferecem o recurso, mas como é extremamente proibitivo ter uma HDTV3D, são perfeitamente jogáveis sem os óculos especiais (mas sem o efeito também).

Isso poderia estar prestes a acabar com o lançamento do Nintendo 3DS. Mas tem um problema: o efeito 3D engana o cérebro para conseguir a sensação de profundidade, mas isso acaba cansando os olhos. E sabemos bem que tem usuários, principalmente crianças e adolescentes (aham, adultos não hein?), que não conseguem jogar pouco ou ao menos manter pausas frequentes. E isso vai render muita pauta para telejornal ainda... Quem sabe até vire um fixo no Globo Repórter ao lado da Pororoca, Piracema e alimentos naturais que emagrecem.

Ou seja: para o 3D se tornar essencial, é preciso que a Nintendo consiga driblar a publicidade negativa e proporcionar uma experiência ao menos agradável aos olhos que não provoque o consumo indiscriminado de Tylenol. Ainda assim, ela vai ter um concorrente de peso: smartphones e tablets que, além de trazer o mesmíssimo efeito, serão muito mais versáteis (e não proíbem pornô!). Um exemplo é o smart LG Optimus 3D, que também dispensa o uso de óculos.

O problema é que ainda veremos alguns equipamentos aparecendo com tentativas de viabilizar o 3D até 2012, pelo menos, a julgar pelos projetos de fabricantes de processadores que andei lendo por aí. A minha aposta é que, se for para dar certo, que seja nos portáteis. Pois assistir à TV com óculos especiais parece ser a coisa mais idiota desde o Virtual Boy na década de 90. Que, claro, era apenas um óculos-TV gigante monocromático que provocava a devolução oral involuntária de refeições.

Bom para jogar em churrascos e confraternizações

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Novos rumores indicam o iPad 2 mais veloz, mas com a mesma resolução do original



Ninguém sabe ao certo quando a Apple vai apresentar o iPad 2, segunda geração do bem sucedido tablet revelado por Steve Jobs em janeiro de 2010. Enquanto isso, especulações só crescem em torno do aparelho: a mais recente vem de Taiwan e indica uma nova tela, chips mais rápidos, versões CDMA e GSM, câmeras como a do iPod touch e a produção de até 5 milhões de unidades até o fim do primeiro trimestre.

Mas não espere uma resolução maior do que os atuais 1024x768 ou o Retina Display como no iPhone 4 e iPod touch de última geração. De acordo com o analista da Concord Securities, Ming-Chi Kuo, as melhorias na tela do iPad 2 dizem respeito somente à sua espessura 30% menor e características antirreflexos, que proporcionam uma leitura melhor sob a luz do Sol - uma estratégia da Apple para combater um dos atributos mais festejados do leitor de livros eletrônicos Kindle.

O maior problema que impede o iPad 2 de ter um Retina Display, segundo Kuo, é a dificuldade na manufatura da tela. No momento, a produção de painéis de alta resolução e com a tecnologia de iluminação do modelo não têm o volume necessário e nem o custo pretendido pelas expectativas da Apple.

Maior capacidade gráfica

Mas a segunda geração do tablet não vai ficar parada no tempo. Uma das maiores novidades será o processador ARM Cortex-A9 de núcleo duplo com 1,2 GHz, contra o A4 da própria Apple com 1 GHz para o iPad original. Além disso, haverá também o chip gráfico (GPU) SGX543 da Imagination - sim, o mesmo que equipará o novo portátil da Sony, o NGP.

A memória RAM do iPad 2 também será maior, com 512 MB para obter mais vantagens da capacidade gráfica melhorada. Embora seja a mesma configuração do iPhone 4, rodará com um clock mais rápido de 1,066 MHz, conseguindo maior taxa de transferência de dados.

A possibilidade de um slot para cartão SD, amplamente divulgada em rumores na internet, foi mencionada, mas não confirmada (o rumor apenas diz que, além de aumentar a capacidade de armazenamento, permitiria transferir fotos e arquivos de vídeo direto de filmadoras). Mas há a especulação quase óbvia de que o iPad 2 terá duas câmeras com a mesma configuração das do iPod touch, com a traseira com suporte a vídeos em 720p e fotos em 1 megapixel e a dianteira com qualidade VGA de 0,3 megapixel para a função Facetime.

Expectativa de 5 milhões de unidades



Para atender também às operadoras norte-americana de telefonia, o tablet terá versões CDMA para a AT&T e GSM para a Verizon, além do modelo apenas com Wi-Fi. A diferença é que o CDMA utilizará o chip Qualcomm, enquanto o GSM virá com o Infineon, como no modelo original. A tática permitirá, segundo o analista taiwanês, correr menos risco de falta de estoque de componentes nas fábricas.

Falando nisso, a montagem do iPad 2 continuaria com a chinesa Foxconn, com estimativa de "ao menos de 4,5 milhões a 5 milhões de unidades" no primeiro trimestre de 2011. A data de lançamento provável, ainda segundo o analista de mercado, seria para o final de março ou começo do segundo trimestre do ano, baseado na demanda e fornecimento de componentes. Resta esperar para ver se tudo isso se confirma, com o novo tablet assumindo o posto de produto mais desejado do momento.

Via AppleInsider