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"Pois é, os óculos 3D não cabem no meu rosto" |
Fico pensando, o 3D faz tanta diferença assim? Claro, a terceira dimensão pesa no seu bolso na hora de assistir a um filme no cinema (malditos!), mas e em outras aplicações?
"Conversando" com a Caminhante Diurno no Twitter, notei que não sou o único - nem de longe - a não ficar impressionado com o efeito. É uma moda baseada em uma firula (ou "gimmick", como pode ser mais adequado na expressão em inglês). Como tal, é inconsistente e não acrescenta significativamente uma experiência melhor em filmes.
Já em videogames, há uma boa oportunidade aí. A noção de profundidade, se bem feita, pode ajudar muito em jogos de tiros, de corrida e qualquer outro que possua gráficos tridimensionais (no caso, estou falando dos polígonos). Games recentes para PlayStation 3 como Gran Turismo 5 e Killzone 3 oferecem o recurso, mas como é extremamente proibitivo ter uma HDTV3D, são perfeitamente jogáveis sem os óculos especiais (mas sem o efeito também).
Isso poderia estar prestes a acabar com o lançamento do Nintendo 3DS. Mas tem um problema: o efeito 3D engana o cérebro para conseguir a sensação de profundidade, mas isso acaba cansando os olhos. E sabemos bem que tem usuários, principalmente crianças e adolescentes (aham, adultos não hein?), que não conseguem jogar pouco ou ao menos manter pausas frequentes. E isso vai render muita pauta para telejornal ainda... Quem sabe até vire um fixo no Globo Repórter ao lado da Pororoca, Piracema e alimentos naturais que emagrecem.
Ou seja: para o 3D se tornar essencial, é preciso que a Nintendo consiga driblar a publicidade negativa e proporcionar uma experiência ao menos agradável aos olhos que não provoque o consumo indiscriminado de Tylenol. Ainda assim, ela vai ter um concorrente de peso: smartphones e tablets que, além de trazer o mesmíssimo efeito, serão muito mais versáteis (e não proíbem pornô!). Um exemplo é o smart LG Optimus 3D, que também dispensa o uso de óculos.
O problema é que ainda veremos alguns equipamentos aparecendo com tentativas de viabilizar o 3D até 2012, pelo menos, a julgar pelos projetos de fabricantes de processadores que andei lendo por aí. A minha aposta é que, se for para dar certo, que seja nos portáteis. Pois assistir à TV com óculos especiais parece ser a coisa mais idiota desde o Virtual Boy na década de 90. Que, claro, era apenas um óculos-TV gigante monocromático que provocava a devolução oral involuntária de refeições.
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Bom para jogar em churrascos e confraternizações |